domingo, 6 de setembro de 2015


Crítica sobre minhas pinturas feitas por Darel Valença Lins


Mais uma vez me deparo com a oportunidade de falar sobre Arte, mais desta vez é sobre uma médica, uma excepcional médica. Há cinquenta anos conheço Carmem. Se eu soubesse escrever, muito teria que contar (as coisa amargas não, portanto, aqui está o "episódio" dos quadros que estamos vendo:
Tenho todas as quartas-feiras - por que escamotear - uma entrevista analítica com Dra.Carmem Dametto...
Não sei exatamente quando me chamaram a atenção vários quadros em branco apoiados nas paredes. Depois de um certo tempo, as telas que estavam em branco transformaram-se em telas coloridas. Fiquei surpreso e lhe perguntei: Quem pintou estes quadros? 
Com simplicidade, ela responde: Eu.
A partir daquela tarde, com "passes de Mandrake" fazia brotar QUADROS DAS TELAS BRANCAS E DISCRETAS QUE VIVIAM ADORMECIDAS NOS CANTOS DAS PAREDES. O que me surpreendia era a expressão reinante em cada trabalho dizendo de maneira inaudível: estou aqui, sou uma obra de Arte... Em meu silêncio duvidava. Então, pleno de vilania, coloquei um livro em sua mesa, era um livro com reproduções de ROTHKO. Queria ver os seus olhos diante de um ROTHKO. Sete dias depois me deparei com um quadro "Rothkiano" destrinchado por Carmem, não era Rothko, era um quadro de Carmem com incomparável sentimento para as cores.
Hoje afirmo de são consciência: Carmem é uma artista em profunda evolução. Sem retorno.

                                                           
                                                                  Darel Valença Lins

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