AFRODESCENDENTES - LEVANTAI-VOS
Estava eu há pouco tempo, (para mim hoje, pouco tempo é 2 anos), numa padaria, quando ao tomar cafezinho ao lado de um rapaz preto, bonito, ele me olhou e disse orgulhosamente, com raiva no olhar:
“Eu sou afrodescendente”.
Olhei para ele, espantada, quase recolhendo minhas velhas cãs e com vontade de sair correndo para a Perucas Lady e comprar uma peruca de carapinha e então, respondi:
“eu sou eurodescendente e daí, que é que muda?”
Resposta, envergonhado: ”o que é eurodescendente?”
Moral – a palavra afrodescendente é a mais nazi-fascista que apareceu no nosso país nestes últimos anos. Racismo puro com ares de soberba e arrogância.
Agora com o novo livro “Besteirol” do MEC, para o ensino fundamental, fica bem claro que decididamente somos um país descaradamente racista. E os negros são maioria. Sim, porque preto rico, virou branco – conheço só um – o Pelé. Branco pobre é preto.
Não li o livro e não gostei pois senti que finalmente ficou declarado o Stalinismo em nosso país. Desta vez ou mais uma copia da Rússia através da escola pública. O Zé Dirceu deve saber isto. Os ricos continuarão a estudar em Escolas com nome de santo e escreverão e falarão como manda o figurino. Engraçado é que a ideia tenha vindo do PT. Se viesse da bancada Ruralista, eu acharia absolutamente coerente. Não há coerência no que petistas e ex-pobres do Planalto querem com liberar pornofonias, na “ultima flor do Lácio, finalmente inculta e feia”. Me lembra o Vinicius de Moraes quando fala na “patriazinha”. Eu choro quando releio isto, pois doi muito, você gostar de sua pátria e ela ser, tão mal amada, coitadinha!!
Ao procurar seu primeiro emprego, o rico, terá a primazia e até onde sei, ate agora, tem que ser lulista: quando o estudante do “Besteirol” for fazer seu primeiro teste numa empresa, vai ser barrado na primeira entrevista. Sabem porque? Porque Português é uma língua linda e muito difícil de ser apreendida, com seus transitivos e intransitivos. Eu que tenho um QI razoável levei 26 anos de minha vida para aprender português. Vai me chamar de velha débil mental!! Olha a lei Afonso Arinos! Sabem como descobri que tinha apreendido português isto é, pensar em Português? Foi numa sessão de psicanálise, eufórica contei ao meu ex-analista que “tinha sonhado em Português”. Ele não entendeu nada. Coisa de racista, era judeu. Mas deixa pra lá. Esta é outra história.
Gostaria muito de ler o livro “BESTEIROL” , quem sabe até recebe-lo pois já o paguei. Sempre tem gente aqui em casa. Tem campainha na casa, o entregador do Correio é meu amigo, não vai ficar com o livro como faziam com o National Geografic que por conta disso deixei de assinar.
Isto de mexer em “escrita” como diz uma amiga minha, é grave.
Deixei de lecionar Psiquiatria em Vassouras, onde era catedrática, por causa de um erro de Português. O mais fatal que iria acontecer.
Numa prova um estudante receitou “al-dol” em vez de HALDOL. Desisti. Mandei-os ler a Turma da Monica e não levantei mais de madrugada para estar em Vassouras à 8hs e arriscar minha vida na serra. E eram futuros médicos, alunos de todos os estados do Brasil. Não passariam numa Escola de Medicina Publica. Entravam na faculdade porque eram brancos e ricos.
P.T saudações
Carmem
01/06/2011
Ps: escreveram o livro, caro, para nós todos, débeis mentais. Deixemos de lado o caso Palocci. Ora, senhores, não temos apenas dois neurônios. Agente finge que sim. Ninguém vai querer ir para a Sibéria.
Um comentário:
Pessoal, para quem nao sabe como eu, o significado de "a última flor do Lácio...", aí vai
"Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim. O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela.
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