Madrugada. Entre 4 e 5 horas.
Acordo com barulho de caminhão debaixo de minha janela. Me assusto. Aqui onde
moro não é usual barulho de veículos de madrugada. Olho pela janela e há um
caminha-baú (o wur dr b\~e sempre na TV, utilizado para roubo de caras e,
estacionado atrás dela, um caminhão pequeno aberto). Vozes de homens. Abro a
janela. Um homem sai do caminhão pequeno e vai para o baú. Fico por meia hora
espreitando. Nada. Telefono para o 190.
Eu: Alô bom dia.
Ela. Alôoooooooo.
Cai a ligação.
Como sou depressiva e a culpa
sempre é minha, achei que meu telefone não estava funcionando. Pego, o segundo
telefone que está ao lado – disco 190.
Eu: alô, bom dia.
Ela: alô
Eu: acho que minha ligação caiu.
Ela: é da polícia Militar. “Tudo
o que disser pode ser gravado”.
Eu: a Sra. Está ai?
Eu: é que está acontecendo uma
coisa estranha na frente da minha casa e gostaria...
Ela: interrompe – “a Sra. Já foi
ver o que é?”
Eu: não tenho medo dos homens. Eu
sou uma velha.
Ela: a Sra. Tem que perguntar a
eles o que é. Daí se tiver algo a ver com a policia Militar, eu solicito uma
viatura.
Eu: ah?? Desligo, como um
autômato.
Teria sido um sonho? Volto à
janela e lá estão os caminhões. Fico conjecturando o que seria e que não vou
publicar aqui. Mas cheguei a uma conclusão da qual não tinha a mínima ideia. Vi
que o inicio de uma milícia dever ser por causa disso. Voltei a dormir,
confiando meu sono à Rocinha, que como sempre me cuida bem, sem pagar imposto,
como certamente pago à PM. Fim.
2 comentários:
adorei o seu blog, temos uma certa sintonia
Rosane Chonchol
gosto de gente inteligente
Rosane Chonchol
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