segunda-feira, 30 de abril de 2007

UMA PSEUDOCRONICA PSICANALISTOIDE OU A CULPA É MINHA !!!!

UMA PSEUDOCRONICA PSICANALISTOIDE OU A CULPA É MINHA !!!!

 Que seria do Lorax se não houvesse um Flamengo no mundo?

 Pois bem, pensando nisto, tomei meu Lorax e me espichei na cama para ver quanto tempo resistiria ver meu time perder. Foi assim que já demoli o Flamengo. Levamos um Gol. Mudei de canal e para ficar claro que eu já estou capaz de me desculpar, (superego bom ganhando do superego mau) comprei um anel vermelho (rubi), numa liquidação do Medalhão Persa (canal 26 em longas prestações). Fui fazer um café para mim pois minha profecia estava realizada. EU a poderosa Carmem posso fazer meu time perder.

 A galera da Rocinha, neste meio tempo, começou a berrar. Pensei “ empatamos”. Volto ao quarto e vejo que levamos outro. Penso, não posso ter esse poder, eu nem estava olhando o jogo. Ai vejo na cama, tranquila e profundamente dormindo como que hipnotizado o gato de minha filha que devia estar sofrendo uniformizada no maracanã. Eu estava dormindo com o inimigo e não tinha me dado conta. O gato é branco, tem uma orelha e algumas pintas pretas e um rabo preto. Ufa!!! O dito cujo, o inimigo, que dormia ao meu lado aparece quando eu chamo de “menino”. O gol foi por causa dele. Que alívio. Eu nem estava lá. A culpa não é minha, senão para ter de me provar isso vou ter de comprar mais jóias, pois meu superego bom acha que devo me agradar e me presentear em vez de me punir, como o fazia antes de eles fazerem as pazes. Que bom. Agora estou livre, nem quero mais saber quem ganhou ou perdeu.

 Como viram aprendi a ser um pouco hipócrita. Começo a ver a qualidade das camisas dos jogadores que é boa pois resistem ao adversário. Só os tornozelos é que não. Tenho saudade da arte de Garrincha. Comprarei uma camisa rubro negra para o “menino” que terá de usá-la. Não quero ter de conviver com o nono torcedor do Botafogo. Estou escrevendo para não sair batendo nele e não ligar o telefone para xingar os oito outros torcedores da estrela. Bem, não tive infarto do miocárdio. Viva o Lorax que devia estar me pagando pela propaganda. Vou para o canal 33 ver como os Vulcões explodem. Talvez aprenda algo. Além disso tem esse bendito Blog que me ajuda a botar minha raiva para fora. Deprimidos do mundo UNI-VOS !!! Façam Blogs. Só volto ao canal 19 daqui a meia hora. Não ouço nada da Rocinha. Péssimo alvitre. Barulho na Rocinha. Corro. Pênalti contra o Botafogo. Cruzo as pernas e os dedos. Afinal, já matei o Mar Morto, sou perigosa. Vou assistir o chute para que depois eu possa dizer que o nome do que estou escrevendo é (Crônica de Mau Gosto e de Mau Olhado). GGGGGOOOOOOLLLLLLL. Dois a um. Vou trocar o canal, não posso mais atrapalhar meu time. Acho que vou me esconder no banheiro e sair daqui a algum tempo. Que sofrimento!!! Vou ver de repensar minha vida - não se pode ser Colorada, Corinthiana, e Flamenguista . Ninguém aguenta. A torcida grita “Mengo, Mengo”. Vou trocar o canal. E agora, tiro ou não tiro o gato da cama?? Que fazer?? O que você faria? Me ajudem. Socorro!!!

 O Blog é para isso. Quero dividir minhas dores com outros sofridos que serão os únicos a me entender. O gato não se mexe. Acho que vou jogar uns panos vermelhos e pretos em cima dele. Saia azar.... GENTE. Tiro na Rocinha. GGGOOOLLLLLLLLL. Viva o Souza. E agora, o que faço, fico olhando o jogo do Santos onde também tinha um pênalti??? O gato cretino, continua dormindo. Briga no campo. Diguinho expulso. O gato sai com a chegada de uma amiga. O Mengão melhorou. E agora, assisto o resto ou saio? Não vou saber de quem é a culpa, se minha ou do gato. Melhor ficar. Que camisas boas!! Poxa, iguais a uma que tenho há 25 anos branca assinada pelo Zico que eventualmente se ficar muito pobre vou leiloa-la. Inscrições aqui. Renato, que merda. Vou sair. Vou ver o resultado do jogo na cara da minha filha quando ela voltar. Obrigada senhores.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A MAIORIDADE PSICOLÓGICA OU BANDIDO NASCE BANDIDO

A MAIORIDADE PSICOLÓGICA OU BANDIDO NASCE BANDIDO

 A Sociedade pode ser permissiva como a nossa, para querer entender psicologicamente o banditismo como efeito de falta disto ou daquilo. Eu chamo isto de efeito Brasília.

 - vou dar o exemplo de minha reles pessoa. Aos 4 anos de idade, por causa de um furúnculo no joelho “gostou Van?”, eu conheci um medico que veio me tratar e eu tinha que tomar um remédio qualquer. CHANTAGEEI MEUS PAIS exigindo de presente, em troca, algo que eu achava que deveria existir – panelinhas de alumínio para eu brincar com minha prima no porão de casa, onde, de vez em quando eu fazia fogueirinhas, E AINDA NÃO SABIA que podia queimar a casa. Aprendi aí.

 Nesta idade, comecei a ler e escrever, (não sou nenhum gênio, por favor), para puxar o saco de meus pais. Não era deliberado. Não sou candidata a Maluf. Devagar. Ia à missa e comecei a pensar uma coisa estranha - o que os padres diziam no sermão, não faziam na vida real (alguém viu "Amacord" do Fellini?).

 Com as freiras que tive que estudar depois, consolidou-se minha descrença num “Deus”, o que me chateia muito porque eu gostaria de ter alguém para agradecer ou acusar pelas coisas que me aconteceram e me acontecem. Portanto, aos 5 -6 anos, idade que agente fantasia namorar o pai, eu fantasiei MAS NÃO TRANSEI COM ELE. Sabia, legal, aos 5 – 6 anos o que era sacanagem e o que não era. As crianças que tratei com essa idade, também sabiam, tinham introjetado um superego que permitia algumas coisas outras não. É o começo do uso da moral e da ética. E nisto sou radical - O BANDITISMO É GENÉTICO. Quem nasce para bandido, o será independente da relação mãe-bebê e da relação social. Conheço inúmeros pobres (já fui de uma enorme família assim), que não produziu nenhum facínora.

 Voltando a minha vil pessoinha que acho que os deputados Gabeira e Clodovil, vão entender pois são honestos, quero dizer que fui tentada a ser prostituta por parte de gente muito importante desta cidade. Não caí nesta. Fui convidada a trabalhar no teatro rebolado, (já fui gostosa sim!) e não caí na esparrela. Fui convidada a ser corrupta no trabalho, na Biometria Médica do Estado da Guanabara e no INPS, anos 80 e não aceitei. Será que sou um ser superior?? E que poucos brasileiros sabem o que é o certo e o errado? Vivi na mesma época destes caras de CPIs que QUEREM LIVRAR A PRÓPRIA CARA, ao dizer que um marmanjo aos 16 anos não sabe o que é matar alguém. Ora senhores, como diria Maria Bethânia, “ eu não vou por aí”. Eles querem é, psicanaliticamente escrevendo, abafar os próprios crimes contra a sociedade.

 Moro ao lado da Rocinha e sei que há meninos de 10 anos no meio da rua, carregando armas maiores que eles. Vocês acham que eles não sabem o que é aquilo, companheiros de bancada, Senadores e Deputados ???? Meus queridos parlamentares, se é para fazer testes psicológicos no “garotinho” de 16 anos para saber se ele tinha conhecimento de que matar e roubar é crime, vocês vão criar uma nova classe de psicólogos - uns F.D.P. que para ter emprego, (corrupção) vão dar laudos e tratamentos e dizendo que “de menor”, não vai mais matar ou roubar. Desculpem meu radicalismo. Podem até me chamar de RADICARMEM. Quem mata um, mata cem, com algumas exceções, claro. Eu ouvi isto na TV Globo de um homem que tinha ficado não sei quantos anos preso por homicídio. Quando um jornalista lhe perguntou o que faria em caso de briga ou algo agressivo, ele simplesmente respondeu sem mexer um músculo no rosto “eu mato”. Se é para criar um Brasil hipócrita e mentiroso mais do que já é, sugiro Maluf para o próximo exercício presidencial. Ele mente com uma classe invejável!!!! PARDON mas é o que eu acho e talvez muitas pessoas pensem a mesma coisa e não tenham coragem de dizer, afinal, o povo brasileiro é um povo “pacífico” e eu sou agressiva.

terça-feira, 10 de abril de 2007

RECUERDO DE 1° DE ABRIL DE 64 OU FAB OR NOT FAB

RECUERDO DE 1° DE ABRIL DE 64 OU FAB OR NOT FAB

Engraçado, nunca vi nenhum traste de pessoa que pratica genocídio de milhares de brasileiros com seus roubos, vir à público e pedir perdão. Não houve botina para eles. Não sei porque, mas nos meus devaneios, me lembrei do camarada Stalin. Realmente, é inconsciente e deixo ao leitor decifrar meu pensamento. Mas, em 64, havia também sargentos.

Não me lembro bem. E botinas. Superiores às do sargento. Pelo que entendi, tudo começou com a já esquecida queda do avião da Gol onde morreram mais de 150 inocentes. Eu até agora não entendi como o Legacy estava fora de rota. Ou estava na rota certa, o Gol errado, ou todos os controladores de vôo bêbados ou dormindo??? Ou quem sabe, como estamos num Estado Democrático como a Rússia de Stalin, nada disso tenha acontecido, é só tirar dos livros de história, que é o que o Brasil está fazendo com os resultados das CPIs, os apagões etc etc. Não sei, mas acho que já vi este filme. Assim, pergunto eu, haverá uma botina na cabeça da dupla Lula X Zé. A botina de um tal de BUSH , who knows????? Talvez algum jornalista me explique isto tudo. Não o do New York Times , que estava no Legacy.

domingo, 8 de abril de 2007

Vanor, cara anciã,

Imagino que você deva ter muitos filhinhos e que deve ter sido xingada por "N" pediatras, algumas psicólogas e alguns psicanalistas que devem ter te dito que tu não sabes tratar de crianças. Imagino, que aos 120 anos tu deves ter embolachado tua mãe e por sentimento de culpa foste procurar um psicanalista que te disse que mãe é assim mesmo , tem que levar porrada, porque elas nunca acertam.!!!!!!

PS: gostaria de saber se tu vais gostar do texto abaixo. Beijo para tua mãe.

RELAÇÃO MÃE – BEBÊ X GENÉTICA (Psicanálise)

RELAÇÃO MÃE – BEBÊ X GENÉTICA (Psicanálise)

 Desde Freud, nenhum autor em psicanálise deixou de mencionar a genética como algo importante na doença mental. Aliás, até hoje, a genética vem sendo ainda pouco utilizada nos diagnóstico em geral, pelo menos no Brasil. É que a medicina é feita em massa e não há tempo de um médico fazer uma anamnese adequada.

 Acho que os médicos teriam obrigação de exigir tempo para tratar, mas nunca fui compreendida quando fazia discurso sobre isso já no século passado. Aliás, quase parei na prisão. Voltando a genética, eu penso que o ser humano, vivendo mais tempo que no passado, acaba por ter de morrer de alguma doença. Mas, ela sempre vem com características genéticas. Creio que depois da descoberta do DNA nos anos 50 se não me engano, nós não podemos negar a sua importância. Podemos só pensar que ele pode sofrer mutações e surgirem novas modalidades genéticas em uma família. O problema com a Psicanálise que é um tratamento anti-negação do REAL, isto ainda acontece.

 Freud falou que deixou varias batatas quentes para serem estudadas pelos colegas futuros. Ele achava que devíamos prosseguir teu caminho, principalmente em relação à psicose. Melanie Klein introduziu depois dele várias teorias muito interessantes que acho verdadeiras sobre o desenvolvimento emocional de um bebê. Acho que houve um excesso de seus seguidores ao colocarem em auto relevo num tratamento que ela chamou “relação mãe-bebê” e esqueceu da genética.

 Vejo relações mãe-bebê desde meus 18 anos (tenho 65 anos) e acabo por perceber a fundamental importância da genética. Porque dar tanta importância à mãe, a não ser como uma parceira numa relação de ida e volta com seu bebê? Um bebê que nasce com personalidade psicótica, herdada ou não dos pais, não vai ter culpa, vai ser segundo Bion (Livro Volviendo a Pensar), um bebê que vai ter “lesão” em uma ou mais das capacidades de percepção do mundo externo. Um bebê pode ouvir uma frase que não foi dita, pode contar que foi espancado, enfim, ter percepções sensoriais errôneas colhidas do mundo externo e que pode deixa-lo doente desde pequeno. As mães costumam dizer “era um bebê esquisito” quando adoecer mesmo mais tarde. Bebês que nascem com personalidade psicótica pode também, fazer um falso-self e funcionar perfeitamente para o mundo externo. Terá um vazio afetivo interno, de mãe, principalmente. Esse tipo de pessoa ao se submeter a tratamento psicanalítico tradicional ficará com um falso-self e maltratará a família.

  Eu, particularmente, não deveria, se não tivesse tanto empenho em cuidar bem da Psicanálise, que tanto me ajudou e que com isto posso ajudar tantas pessoas, falar sobre genética, porque é onde meus colegas param de pensar uma nova maneira de pratica-la. Por isto, sou em geral, a quarta, ou décima sexta analista dos meus pacientes. É raro aparecer um paciente com primeiro surto psicótico e melhorar logo. Não brigo com a mãe, bisavó, Adão e Eva. Brigo com o narcisismo patológico do paciente ou com o superego doentio do mesmo.