domingo, 29 de setembro de 2013

ASPIRINA (Baby , Caetano Veloso)



“...você precisa saber da piscina,
da margarina,
da Carolina
da cajuína,  
da quetacina..."
                                                                         DA ASPIRINA
                                                                 Baby, Caetano Veloso

                                                             
Dezenove horas acordo , eu sei que não posso dormir a tarde. Tenho pesadelos terríveis.  Acordei com a Globo News mostrando o que me parecia ser a Dilma, vestida de azul, com o cabelo da Marge Simpson e com o dedo apontado contra um homem negro ajoelhado.  Parecia ser o Obama que tinha ficado de repente branco de medo do que a TERRA BRASILIS poderia fazer contra os americanos.  Uma ameaça com uma super bactéria produzida no Butantan, estaria no dedo da Dilma.  Não sei porque a outra ditadura em vez de construir Angra não fez bomba atômica!  Estou no meio de uma nuvem escura. Pavor.  Os médicos e os farmacêuticos estavam brigando por um papel.  Eu não sabia qual e não sabia o por que.   Aparecia um bicho papão que dizia aos brados:
“eu quero o Poder”!

De repente eu estava viajando de graça, num lindo navio, com um cara que se dizia dono de laboratório que estava ao meu lado falando na conta que eu  teria de pagar.  Teria que receitar o remédio dele para o resto da vida.  Me joguei do navio.  Não sei nadar.  Popeye veio e me salvou quando ia ser comida por um Tubarâo que me dizia:
 - “um dia vou te pegar, já te peguei uma vez, me aguarda!”
Aí, eu não sabia mais se tinha medo das ondas, do Popeye ou do Tubarão.
O Tubarão me trouxe um Filhote.

Pior ainda.
“Meus Deus !!  Será isto um sonho ou realidade?”  Como?   No Gabão?  Me expulsaram do Brasil?  Sou excluída?   IDH  igual ao do Brasil,  PIB maior do que o do Brasil.  Como?
Não entendo. Estarei surda?  Cega?  Me acudam. 

Como?  Voltar no tempo?  Quem comeu o Bispo Sardinha?  Eu?  Nãooooo.   Não gosto de peixe.
Como?  Um Índio?   Estamos em 1500?

E agora como vou olhar meu computador?  Perdi o óculos...  eu devia estar no Século XXI. 
Um bicho chegou perto de mim.  Parecia um urso branco daqueles de 5 metros de altura.  Disse-me que o DOPs  estava me procurando.  Eu gritava, -   não assaltei a Casa Dr. Eiras.  Não receito remédio novo.  Nem pensar.  Não quero matar ninguém.  Calor.    Chego de volta ao navio.  Como não sei, um calor de bode.  Estava era no inferno.  E o dono do laboratório, estava me esperando lá “não, nunca receitei aspirina, juro”, “ meu senhor Aspirina pode matar, pergunta para o farmacêutico”  alias , qualquer coisa pode matar. 

“Como?  Remédio tarja preta?  Não, é mais fácil o tarja vermelha matar!!   E o sem tarja também.  Pergunta para o farmacêutico. 

Não, eu não matei o Mar Morto.  Me deixem em paz.”
“Não troquem o remédio de meu paciente, olha a  ética.  Vou me queixar no Cremerj, e se preciso vou pegar a lei que José Dirceu pegou para me isentar de tudo.  Vou falar com o Joaquim.”
Toca o despertador.

“Onde estou?”   Acordo suada, sento e tento me situar no tempo e espaço....    sou médica, psiquiatra, psicanalista.

Um gato está ao meu lado e diz: “Má, ele não diz Miau”, todo feliz.
Devo ter me mexido muito e ele deve ter se assustado . 

Amanha vou  apostar no 666.  Credo cruz , o que é isto!!
Nada como acordar e sair de um pesadelo de briga de cachorro grande, tô fora e pior, nem sei quantos cachorros são.  Só sei que são muito grandes e eu por mero acaso sei a força destrutiva de alguns deles.

Lamento muito mas hoje não posso estar engraçada.  Um pesadelo segundo Freud, é apenas a saída de coisas de meu inconsciente.  Nada engraçado. 

Pego o Jornal.  Obrigada Jornal.  Não estou louca.  Sou na pior das hipóteses uma bruxa prevendo coisas.  Abrirei um ateliê para consultas futurísticas, cobrarei bem. 




OBS: Como o texto é muito confuso, de propósito, pois é um pesadelo, eu estou aberta a responder qualquer pergunta!!!

Um comentário:

Sandra ebisawa disse...

Adorei a parte de não estar louca, abrir consultas futurísticas e cobrar bem. Amei a confusão. Muito bem descrita.